sexta-feira, 27 de março de 2015

DMT novo entre nós, NÃO É NOVO Revista SÁBADO - respostas

DMT novo entre nós, NÃO É NOVO

Revista SÁBADO - respostas

Com o devido acordo da Jornalista Raquel Lito, da Revista SÀBADO, aqui publico na integra as as minhas respostas  às perguntas que recebi
Luís Patrício

Atenção DMT não é novo
Poderá sim, ser NOVO entre nós


Jornalista Raquel Lito 2890- Sábado - Das 101 novas drogas referidas no relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, qual delas representa o maior perigo para os consumidores portugueses? E porquê? 

Nem as pessoas, nem os seus momentos de vida nem as substâncias psicoactivas são todas iguais. O maior perigo está relacionado com a pessoa e o seu momento, com a substância forma de uso e quantidade consumida. Naturalmente que as que podem provocar depressão do centro respiratório ou por graves alterações cardio vasculares são as que envolvem risco imediato de vida. Mas não se pode desvalorizar as que provocam graves agressões ao normal funcionamento do Sistema Nervoso Central.


- Como se justifica o aumento de 25% em relação ao ano anterior?

A descoberta de novas substâncias, a síntese de novas substâncias faz parte das actividades dos laboratórios. É assim que se vão descobrindo novos medicamentos, tão úteis para tratar pessoas doentes.
No âmbito das substâncias “droga” para abuso, a linha de investigação tem outros objectivos, que não são novos. Nada disto é novo. Estas descobertas reflectem o investimento para mais produtos de consumo, numa estratégia que também não é nova. E infelizmente, a sociedade mais do que educar os cidadãos, insiste em ilegalizar as substâncias que vão sendo “testadas” por consumidores ávidos de “coisas novas”, muitas vezes a coberto de novas vagas musicais[1]. Algumas “festas”, “festivais” ou “concertos” são promovidas por inventados “músicos” ou DJ, que ninguém conhece, mas cuja promoção vende como celebridades. Muitas vezes é vitrine para ocultar o que se passa por detrás.
O vazio leva muita gente para “festas”, por cá ou lá fora, numa tentativa de preenchimento. E as “festas” são o grande momento para “grandes cenas”. É um negócio, são negócios de menores ou muito grandes dimensões.
Há movimentações de pessoas, pela Europa e fora da Europa, para a frequência destas festas. Não é raro que portugueses se desloquem de avião para cidades europeias para a diversão com permanência de largas horas em festas. Não é nada raro estarem 17 ou 24h seguidas a dançar, claro que a grande maioria sob efeito de substâncias. E na 2ª feira a semana recomeça. França, reino Unido, Holanda, Espanha, são destinos easy.
Muitas das novas substâncias não chegam às festas portuguesas. Por cá são mais as usuais. E a dimensão das festas é também mais reduzida, de 20 a 400 pessoas a dançar igual número de horas, excepto nos mega festivais anuais ou bianuais. Tudo isto é negócio dito de lazer e diversão.

- O jornal Público qualifica-as de “potentes, pouco estudadas e de venda fácil”.

Quem fala com consumidores que adoecem percebe como lhes foi fácil comprar, percebe os estragos ou desagradáveis surpresas que tiveram.
As substâncias mais antigas são mais conhecidas. As menos conhecidas estão pouco estudadas no consumo humano, seja porque são ilegais, seja pela debilidade na troca de conhecimentos entre os profissionais.
Há dois reparos que tenho feito, sobre o que se tem passado em Portugal nos últimos seis anos:
As autoridades de saúde, deveriam informar os profissionais sobre as substâncias que circulam no mercado de rua. Não seria difícil analisar e informar, atitude que nos poderia ajudar melhor, tratar melhor. Informalmente alguns de nós profissionais, trocam conhecimentos entre si, mas dependem da boa vontade e necessidade de cada um. Há um ano debatemos este assunto no Congresso internacional da Patologia Dual em Coimbra. Pessoalmente tenho reunido por convite das equipas locais em diversos locais, com colegas por todo o país, mas face às necessidades isto é… simbólico.

É caricato o pouco que oficialmente se tem feito comparado com a enorme necessidade que existe, para ultrapassar o desconhecimento. Reconheço o que considero inadmissível: que muitas autoridades não têm conhecimento, ou se o têm não o divulgam.

Há um outro reparo que tenho feito. Em 2010 o Observatório Europeu, EMCDDA, sediado em Lisboa, alertou a Europa sobre o que se passava com algumas substâncias sintéticas, entretanto ilegalizadas ou sob controlo em alguns países da União. Curiosamente até 2013, tivemos em Portugal a promoção do comércio de venda livre, sujeita a IVA, de substâncias desconhecidas, que em muitos consumidores provocaram estragos violentos, incluindo casos fatais. Alguma imprensa, por todo o país e nas Regiões Autónomas desmascarou o que se passava. Quem trabalha, quem sofreu e ainda sofre, sabe a dimensão que a epidemia atingiu.
Mas oficialmente os estragos provocados nunca foram devidamente avaliados, isto é reconhecido na totalidade: muitos dos psiquiatras mais envolvidos no tratamento destes doentes nunca foram devidamente ouvidos pelas autoridades. Acresce que o que aconteceu de mau em Portugal até 2013 não foi devidamente valorizado para merecer ser devidamente referenciado no último Relatório do Observatório Europeu (2014), o que considero um escândalo europeu que entristece qualquer técnico e envergonha Portugal. Tenho sido convidado a falar deste assunto no estrangeiro, entre técnicos admirados com o que por cá se passou e de que pouco ou nada se falou “lá fora”. A mensagem politicamente tratada tem sido outra.


Gostaria que comentasse.
- Em Portugal já houve alguma substancia destas apreendida?
Terá que perguntar às autoridades.
Nos anos oitenta tratei quem adoecesse por abuso de fentanyl
Nos últimos dez anos tratei quem adoecesse com o uso de ketamina, LSD, ecstasy /mdma e similares.
Em 2009 estive convidado com a Mala da Prevenção e como perito europeu (e não oficialmente pelo Governo de Portugal) a dar formação sobre Drogas Sintéticas em 4 países da Comunidade Andina – CAN: Peru, Colombia, Bolivia, Equador.

Entrevista al doctor Luis Patricio


Já então estes países estavam a preparar-se para a epidemia que se adivinhava. Por cá o assunto não foi devidamente valorizado. Ainda hoje muitos profissionais dos serviços públicos e não só, têm dificuldade em abordar o tratamento e muito mais a Prevenção.

Nos últimos anos tratei, ainda continuo a tratar quem adoeceu gravemente por consumo do que se diz ser mefedrona e substancias ditas smart drugs compradas em lojas em Portugal. E ainda há quem diga comprar cá com entrega ao domicílio ou comprar por internet com entrega postal. Mas de facto, em boa verdade continua a na se saber o que é consumido.

Veja e oiça este consumidor que adoeceu
Parece ERVA, mas uma droga... Consumir aos 50 e às cegas sintéticas desconhecida
https://www.youtube.com/watch?v=NwjfgIfvxtM


E este

VIDEO LP NEW synthetic drugs NEW challenges 3 years FREE trade FREE consumption in Portugal

https://www.youtube.com/watch?v=ZBYs2fGGWik

E este
Smart Drugs Addition. Portugal. Crítica Social aos 15 meses de tratamento. Março 2014.

- Quais são as faixas etárias de portugueses mais atingidas pelo consumo destas drogas substitutos do cannabis e estimulantes?
Ainda recentemente um frequentador de festas por todo o país me referiu que dos 16 às pessoas de 60 anos, há de tudo, predominando “dos 16 aos trintas”.

- Porque é que o Público afirma que as substâncias psicoactivas passam facilmente na obscuridade?

As que se apresentam em pequenos comprimidos, bolinhas, selos, ou líquido, “não dão nas vistas”. Muita gente consome aos fins-de-semana em meio de maiores urbes rurais ou em ambiente citadino. Gente instalada, burocratas urbanos, empregados de diversas áreas, que também usam coca e muito álcool. Isto acontece pela Europa e também entre nós. E também desempregados. A cannabis está banalizada, tal como o álcool e o tabaco. A cocaína a caminho da banalização. As sintéticas mais comuns não faltam…

O controlo não chega lá e a educação e o debate está com atraso significativo. O resultado indesejado está à vista e tende piorar se não houver grandes e profundas mudanças. Mais do mesmo e continuamos a piorar.


- Gostaria que comentasse a nova droga, DMT, acerca dos perigos que ela representa, quanto custa, os efeitos e onde pode ser adquirida e porque se chama droga do espirito  

Este alucinogénio não é novo. Quem for sensível, tiver paranóias, ou outro sofrimento mental, deve evitar em absoluto.

No meu primeiro livro, Os profissionais de Saúde e a Droga, de 1991, no título destinado às Drogas de Confecção, “substâncias sem indicação terapêutica, que foram e continuam a ser investigadas, apenas para utilização como droga”, faço referência ao DMT, com efeitos semelhantes à psilocibina. Pág. 99., substância que existe nos chamados cogumelos mágicos.
No último livro, Politicas e Dependências O álcool e (de)mais drogas em Portugal 30 anos depois,  de Novembro passado, escrevi DMT (dimetiltriptamina) semelhante à psilocibina e com efeito rápido e de curta duração, (trinta a sessenta minutos). Habitualmente é consumida em chá ou fumada depois de embebida em erva.

Embora já tenha tido referência ao uso de DMT em algumas festas em Portugal, nunca aconteceu ter tratado algum consumidor de DMT.










[1] Sustancias Sintéticas y  Música Warehouse Party (Cicago)
Paradise Garage (NY)
House music & Garage
Techno
Hard core
Gabber
Tribal
Ambien
Trance
Progressive
Rave + video + laser
Acid house
Early o Garage House
Adaptado de Monografía Drogas de Uso Recreativo: Socidrogalcohol

Para CURSO DROGAS SINTÉTICAS
DROSICAN, 2009. Luís Patricio

sábado, 14 de março de 2015

CANÁBIS, DEBATE ADIADO, DISCERNIMENTO ATRASADO, BENEFÍCIO PARA QUEM?


CANÁBIS e demais substâncias

DEBATE ADIADO


DISCERNIMENTO

ATRASADO 

O benefício é para quem?



CANÁBIS   ( ERVA, RESINA, ÓLEO )

Falamos de erva, de resina ou de óleo?

Quando ?     Como ?     Porquê ?


Falta-nos muita Educação.

Até é grande a carência de Educação Cívica!

Defendo que se promova muito mais

Educação para a Saúde


Veja, oiça estratos do programa Opinião Pública na SIC Notícias.
https://www.youtube.com/channel/UCCRCPCBVQZzaNJZlU2SENOA


Há muita falta de Educação para a Saúde

A propósito do debate público sobre o uso de canábis, aqui partilho mais algumas reflexões, para que se saiba...

Se o debate continua adiado, o discernimento continua atrasado

Por Luís Duarte Patrício
Médico Psiquiatra
Chefe se Serviço

O consumo de substâncias psicoactivas têm-se alargado. Na verdade este tipo de consumo tem sido objecto do interesse de populações cada vez mais jovens. 
Para todos estes milhares de consumidores, a chamada Prevenção Primária falhou no objectivo de evitar o uso.

Para estes milhares de consumidores, a prática de Redução de Riscos é um benefício bem como a Minimização de Danos eventualmente provocados pelo uso de derivados de canábis, a que se juntam ainda os que são provocados pelo uso simultâneo de tabaco. 

Qualquer pessoa que pense com conhecimento, percebe que a junção dos fumos produzidos na queima da mistura canábis+ tabaco, significa o aumento dos riscos e dos danos inerentes ao fumo de cada uma destes produtos.

Canábis  - RESINA / haxixe, pólen
Qualquer pessoa que pense com conhecimento, percebe que fumar resina de canãbis pode envolver riscos inerentes às substâncias que existem na resina (denominada de haxixe, pólen, bolota, etc, ). 

Quem está atento à realidade percebe que este produto, maioritáriamente importado, tem estado cada vez mais acessível em Portugal, seja no mercado de rua, seja com entrega ao domicílio.
Quem o consome, na verdade não conhece a composição real do que consome, dado que pode fácilmente ser adulterado com outros produtos.

Qualquer pessoa que pense com conhecimento, percebe que fumar erva de canábis, (denominada erva, maconha, paginha, soruma, boi, liamba,  marijuana) envolve menos riscos do que fumar resina de canábis/haxixe, pólen, bolota.

Acontece ainda que há consumidores que consomem, que fumam a erva sem a misturar com tabaco, o que significa não agravar ainda mais os riscos para saúde com os riscos do tabaco. Consomem erva e não consomem tabaco.
Mas o fumo de erva não é isento de riscos: a erva não é inocente. E cada vez mais há qualidades de erva que contêm muito maior concentração de produtos psicoactivos do que a erva dos anos sessenta. 

Canábis ERVA
Para a saúde do consumidor, pior do que fumar erva, é fumar erva+tabaco.
Pior que fumar erva de canábis é fumar resina de canábis /haxixe, pólen, bolota

Em Portugal têm-se tornado cada vez mais evidente que qualquer pessoa que deseje consumir canábis pode fazê-lo, nomeadamente resina/haxixe, pólen, bolota, chamon
Dois charros e uma ponta
Pode ir comprar à rua e até pode mandar vir para casa, desde que tenha os contactos, habituais entre consumidores de todas as idades, de estudantes a profissionais. 

Mais difícil é arranjar "erva", mas também se arranja.
Esta realidade claramente tem aumentado desde o ínicio deste século e não vale a pena negar, pena esconder: a oferta está banalizada.





Se queremos promover a EDUCAÇÃO para a SAÚDE
a estratégia e modelo da Prevenção realizada tem que ser revisitada

Prevenção
 sem Educação é "zero".
Prevenção sem Educação Cívica, quase nada vale.
Queremos que as pessoas sejam mais cultas.
A sociedade não está esclarecida
Há muita falta de Educação.

No meu último livro Politicas e Dependências,  defendo tal como outros colegas no estrangeiro e, porventura em Portugal alguns também haverá, que devemos considerar o benefício que possa existir na utilização de determinado tipo de substâncias que estão fora da lei.
E as leis mudam-se.

Quem compra resina (haxixe, pólen, bolota)

não sabe o que compra

Quem compra têm que frequentar meios indesejáveis e não sabe se compra produto adulterado. Mas se produzir em casa...

Se puder ter em casa uma alternativa numa perspectiva de redução de riscos...
Ponta de charro no jardim junto à escola
Perante a possibilidade de ter em casa uma planta, autocultivo para uso próprio, não para comércio, passaria a ser a Família, no caso dos menores, a assumir a responsabilidade sobre aquele comportamento de consumo, como assume ou deve assumir com o álcool e com o tabaco.



Ponta de charro no jardim junto à escola
Isto quer dizer que as Famílias têm que ser informadas. Têm esse direito, direito a não estarem ignorantes. Mas isso é o que nós queremos. 

Queremos que as pessoas saibam mais, que pensem e sejam mais cultas. Haja quem informe, quem ensine e com muito mais eficácia. 

Basta de ignorância.

Ponta de charro no jardim junto à escola
Quando as pessoas  estão informadas, fazem o que fazem com mais responsabilidade.

As pessoas têm que reconhecer os interditos e a sua necessidade.

Em termos de redução de riscos é diferente o uso de canábis erva do uso de canábis resina.



Há um desbaratamento de oferta
de substâncias em Portugal

ÁLCOOL
MAU USO E ABUSO DE 

A IGNORÂNCIA 

DE QUEM CONSOME E DE QUEM DISCURSA


Despudorada cobertura legal facilita precoce fidelização de consumidores




Em Portugal também tem sido desde há uma década uma realidade triste o aumento do abuso de bebidas com álcool, nomeadamente entre adolescentes. Este aumento é mais evidente desde o ínício deste século.

Esta é também uma evidência de falha na Prevenção Primária.

Mas se a Prevenção Primária não resultou ou não foi feita devidamente, tem sido um sucesso a promoção do consumo de álcool, nomeadamente entre jovens, e que resultou claramente.

ACESSO PRECOCE

Em Portugal foi POLITICAMENTE criada uma lei para LEGALIZAR a VENDA de bebidas fermentadas a cidadãos maiores de 16 ANOS.

Sabemos que neste país há quem fale de álcool e dos seus danos/doenças, como se fosse perito nesses assuntos. Quem assim faz exibe a vitrine e oculta o desconhecimento. Muitos destes, quando mudam de lugar, de função ou de tacho, abandonam o assunto.

Nesta terra de consumidores é vergonhosa a ignorância sobre o uso de bebidas com álcool e a relação com a saúde.

Por exemplo muitas gente bebe "à saúde" o que não dá saúde a ninguèm. Devem ser ensinados a saber beber e a beber "ao prazer", se por acaso têm prazer nesse consumo. Assim são mais verdadeiros.

Neste país também há pessoas que não podem consumir bebidas com álcool, pessoas que perderam a liberdade na relação que tinham com o álcool: criaram uma relação de dependência.

É preciso que se fale mais, muito mais sobre o álcool,
com mais competência, com melhor saber.

É o saber e trabalho clínico / experiência clínica de quem trabalha e informa, que credibiliza a informação que reforça a motivação.



COCAÌNA BASE na rua

A cocaína e a base/crack, uma realidade para muita gente

Também tem sido uma realidade o incremento do uso de cocaína.
A cocaína chamada de branca está em muitos sítios e nalguns é mais fácil comprar a cocaína cozida, chamada de base ou crack para fumar ou injectar do que comprar a branca para snifar.

E sabemos que o álcool misturado com cocaína piora a situação de saúde do consumidor, porque quando se mistura álcool com cocaína cria-se uma terceira substância, cocaetileno, muito mais agressiva.

Os consumidores de susbatâncias psicoactivas, legais e ilegais, dizem que há muita oferta de outras susbtâncias ilegais. E quem compra substâncias sintéticas de rua, md, mda, ácidos, speed, etc, não sabe com segurança o que compra.
Nem quem adquire pela internet.

Devíamos ser informados sobre a verdade do que é consumido, pelo menos os profissionais de saúde que trabalham no tratamento de consumidores que adoeceram por terem consumido.

Desde há muitos anos que apelamos para que as autoridades assumam uma atitude muito necessária e útil: informar sobre o que anda a ser consumido em determinada região. Em minha opinião este é um dever ético e estratégico.

Há locais de consumo
Em Portugal temos salas para consumir álcool, sitios para consumo de tabaco.
Em Portugal, ainda não há salas para consumir substâncias por via intra venosa, ainda que a lei de 2001 o permita.
Em muitos países europeus estas salas existem há muitos anos.
Em Portugal o consumo IV fez-se onde se pode, em qualquer sítio, sem garantia de cuidados de higiene.
Se nas prisões continua a não haver programas de troca de serinhas, isto acontece por incapacidades inaceitáveis.



Há muita PREVENÇÂO para fazer.
A melhoria passa pela Educação... passa pela Educação.
Pela Educação dos próprios profissionais de saúde.

Quem trabalha com os doentes, ouve, escute, interage com os doentes e com s seus familiares.

Muitos profissionais  vão à realidade dos consumidores que adoecem, conhecem os seus sítios.

Naturalmente que o que vêm pode incomodar e, também pode incomodar.o que transmitem, o que partilham, o que não silenciam.


E preciso falar, reconhecer a verdade toda enão limitar a verdade para conveniência dos poderes.


Os serviços de saúde que têm competência,
devem infomar os cidadãos sobre a situação em que estamos.

Importa actualizar o saber que a ciência nos faculta.

Os serviços responsáveis de saúde devem dizerclaramente, o que se passa em cada região, o que se passa no país.