segunda-feira, 9 de outubro de 2017

MELHOR SAÚDE Cuidados de Saúde Centros de Saúde e Adições

MELHOR SAÚDE

 Cuidados de Saúde em
PREVENÇÃO/Educação para a Saúde /Redução de riscos /Minimização de danos/TRATAMENTO/ Recuperação. Prevenção da Recaída é trabalho a fazer nos
Centros de Saúde

Nos Centros de Saúde tratam-se pessoas doentes e faz-se educação para a saúde.

http://drogaparaquesaiba.blogspot.pt/…/politicamente-incorr…



Os Centros de Saúde não são serviços isolados. São a base do SNS e estão articulados com os hospitais, de onde recebem doentes e para onde enviam doentes, sempre que medicamente indicado. E para os doentes estabilizados carentes de respostas sociais, articulam com estruturas sociais locais ou regionais.



Nos Centros de Saúde também são tratadas pessoas cujas doenças têm inúmeras recidivas, como acontece com pessoas (de várias idades) que sofrem de hipertensão, diabetes e outras doenças endócrinas, asma e outras doenças alérgicas.




Os profissionais dos Centros de Saúde são profissionais competentes. E mais competências tem quando estão actualizados. 




Por todo o país há Centros de Saúde e em cada localidade é a estrutura de Saúde com cuidados responsáveis e diferenciados mais próximos de cada cidadão. O Centro de Saúde local é a estrutura de quem se pode esperar a resposta necessária e adequado para os problemas locais de saúde individual, familiar e de saúde Pública.




Quem lá está conhece melhor do que ninguém o que se lá passa. E para bem responder tem que ter meios e conhecimentos para a resposta necessária.




Serão porventura razões associadas à ignorância e ao estigma que podem ajudar a perceber que se afastem doentes de serem tratados e cuidados nos Centros de Saúde. O Centro de Saúde tem que integrar e não excluir.


Quando no século passado chegou a “Droga”, a Saúde não quis intervir, nem a Saúde Mental, nem “lá fora” nem em Portugal. Porventura preconceito, ignorância, medo, estigma.







Mas as pessoas aprendem e os profissionais também





Em 1987 o Ministério da Saúde assumiu a “Droga” as “dependências” como um problema de saúde. E, a partir de todas as ARS, foi-se iniciando a criação de respostas para os problemas locais. Os estigmas e as resistências iam caindo e as respostas iam serem alargadas e integradas. Por razões estratégicas, fez-se uma rede paralela ao SNS, que tardiamente e de forma tecnicamente desapoiada e ainda estigmatizada em muitos sítios, regressou ao SNS. 

Este regresso, feito de forma pouco cuidada, tem que ser melhorado, tem de ser muito melhor orientado. 




Tem que ser feito, não por um técnico de saúde nomeado, por Médicos competentes pela competência que lhes pode ser exigida, pela profissão que têm.




Em Portugal os serviços da droga, desde que foram criados e separados com autonomia (1977), sempre foram aconchego para familiares e amigos de profissionais de saúde e de outas áreas sociais e também de homens políticos e de classes dirigentes. São inúmeras as histórias sobre este tema. Um serviço vertical está mais sujeito a pressões de interesses instalados que podem questionar a sua verticalidade. As “pressões” podem ser feitas por mordomias, nas chefias, sub chefias e adjuntos, desde diferentes telemóveis, horários não completados ou não cumpridos por conveniência, serviços no exterior, colocações ou transferências convenientes onde não existe lugar para tal, contratações por necessidades, publicações fundamentais, etc. Assim pode acontecer haver assimetrias significativas entre o que trabalha e ganha um profissional num local e em outro local, tudo no mesmo Portugal. 
Se no âmbito da Prevenção/Redução de comportamentos de risco as assimetrias podem extremar-se por nada existir, no plano do tratamento /recuperação, as assimetrias podem ter dimensão escandalosa na quantidade e na qualidade dos cuidados prestados. Estratégias …




Há que perceber o valor do conteúdo de quem brilha com a graxa que dá aos sapatos e se quem assim anda calçado não anda desleixado por dentro com roupa rota. Quem só vê montras não vê o que está lá para dentro… Por exemplo, que se sabe e que se tem feito sobre álcool, cocaína, canabis, sintéticas, adições sociais, comorbilidades? 


Conheço muitos profissionais muito trabalhadores e muito honrados. São estes, que trabalhando têm mantido com os doentes que neles confiam a esperança de melhor Saúde. Mas muitos estão cansados, desmotivados, desiludidos, perante uma triste realidade que era evitável: o real insucesso cá dentro, contratando com a imagem exportada. Muitos querem mudar. Muitos têm mudado.



Os serviços da droga e adições devem estar integrados na Direcção Geral de Saúde. 


Por diversas vezes escrevei que não havendo especialistas não há serviços especializados em adições. 
As adições são um problema de saúde: os Médicos de Medicina Geral e Familiar e os Psiquiatras têm que assumir as suas imensas responsabilidades em Saúde Mental. 


Continuo a trabalhar e ajudar quem em mim confia.


SE for da sua competência intervir, qual será o Centro de Saúde local que irá calar estas realidades?