segunda-feira, 24 de junho de 2019

Canábis na Cidade, Rua e Universidade 2005-2019


Em Portugal a Canábis está mal!
Aumentou a oferta,
Aumentou a procura, 
Aumentou o consumo,
Aumentou o leque de idades dos consumidores, 
agora dos 12 aos 70, 
Aumentou o consumo das cidades para as vilas
e aldeias, do litoral para o interior.
Aumentou o consumo de casa, para as escolas,
para os jardins.
Aumentou a satisfação
de quem acha que está tudo bem.

Assim sendo, tudo isto é um sucesso.

Aumentou a ignorância dos consumidores.

Mantém-se o desconhecimento dos
produtos consumidos.

Uma reflexão de
Luís Patrício

Com colaboração de Gonçalo Roxo
Terapeuta Ocupacional
Equipa de Adictologia e Patologia Dual
CLÍNICA DA LUZ
CARNIDE, LISBOA




Canábis em Portugal
Em Portugal, o consumismo
tornou a canábis banal.

As gerações mudam
As pessoas crescem e morrem
O banal é ilegal.

Este banal cultural ilegal
vai provocar a mudança
para o banal cultural legal

A legalização.

Outrora, em outras culturas a canábis
não era ilegal.
E por razões de poder nesse local,
foi colocada ilegal.

Posteriormente, por mais questões de poder,
o ilegal passou a ser uma resposta geral,
nacional e internacional.

Cultura e saúde podem não colidir
Cultura e saúde podem colidir

Conhecimento e Saúde não colidem
Cultura e conhecimento podem colidir

Colidem sempre que
o conhecimento põe em causa o poder.

Quando o saber põe em causa o poder…

E quando o poder põe em causa o saber,
promove a ignorância e o obscurantismo
para conservar o poder.

O saber é uma ameaça ao poder.
Ignorantes e mansos, 
capados conservam tiranos e engraxam ditadores

“Na mão dos betinhos,
na universidade,
é onde se encontra qualidade”

A legalização irá resolver a ilegalização
Não resolve a Educação em falta
Não resolve a Prevenção em falta
Se continuar o desconhecimento da qualidade
continuamos a agravar a realidade.

A mentira e a propaganda não conhecem limites
A verdade e o conhecimento reconhecem os seus limites pelo que rejeitam a mentira.



A canábis terapêutica não é para curtir
É conhecida, controlada e é para tratar.
Uso médico

A canábis para curtir não é terapêutica,
é desconhecida, não controlada e é para gozar.
Uso recreativo.

Desconhecer o uso do desconhecido
é agravar o risco.


Canábis terapêutica é conhecida e controlada.
Com responsabilidade médica serve para tratar.
Não é para curtir

Canábis de rua é desconhecida, não controlada.

O uso recreativo, para curtir, é autossatisfação
Não é uma terapêutica médica.

Em Portugal 2001-2019
o uso e abuso de canábis tornou-se banal

Dos 12 aos 70 já nada surpreende
E se a universidade é uma escola,
a ignorância no uso e na qualidade
não se entende.

Desconhecer o descontrolo
agrava o risco de adoecer.

Quem não mente? O doente ou o dirigente?

CANABIS POR TODA A CIDADE

CONSUMIDA EM QUANTIDADE

DESCONHECIDA A QUALIDADE

2005 - 2018
UMA HISTÓRIA DE VERDADE
DA RUA À UNIVERSIDADE


Muito obrigado "João"
pelo contributo
para a Prevenção

Pense sobre o que neste video nos disse o "João"
e a relação do que disse com a nossa prevenção.
Prevenção:
controlo da oferta, redução da procura,
redução de riscos e minimizaçáo dos danos.
Tratamento e recuperação.













sábado, 1 de junho de 2019

INJECTAR COMPRIMIDOS : MAU USO DE MEDICAMENTOS



INJECTAR COMPRIMIDOS na rua... em 2019

Informação para informar.
Raquel Lito, Jornalista interessou-se sobre este assunto e com João Miguel Rodrigues, Fotógrafo, mostram na Revista SÁBADO, realidades que têm andado ocultadas.

INJECTAR COMPRIMIDOS
COMPORTAMENTO COM MUITOS RISCOS ACRESCIDOS
Nos anos setenta foi desastroso para a nossas Saúde o mau uso, uso abusivo de medicamentos "droga". 
Houve mudanças necessárias e a situação dessa "oferta" acabou ou foi bastante reduzida.

Até que... 
Até ao final dos anos 80 foi crescendo a grave realidade do consumo abusivo de outros fármacos, de determinados medicamentos na rua, estimulantes, opióides e outros sedativos, como por exemplo midazolam. Perante essa verdade e respectivos estragos, e após ter participado esta situação ao Gabinete do Ministério da Saúde, bastaram UMAS SEMANAS para que houvesse uma solução a bem da saúde. ACONTECEU.

E acabou o abuso de rua desses medicamentos, após uma “simples” alteração legal para a prescrição desses medicamentos identificados. Para cada doente,  e para receitar flunitrazepam, o médico passou a ter que "fazer duas receitas iguais", com dados da identificação e residência do doente e da sua própria identificação. E a farmácia tinha que receber as duas receitas para poder vender esse medicamento.

Quem trabalha sabe que neste século outros medicamentos foram sendo usados como medicamentos na rua, em áreas de consumo e também em prisões. 

Temos escrito sobre o mau uso de medicamentos em diversos livros que temos publicado. 

Já neste século publicamos em 2001, 2006, 2009, 2014 e algumas centenas destes livros foram recebidos como oferta por colegas e outros profissionais da saúde.

E temos partilhado e participado a situação de abuso crescentes desde a passada década. 

Alertámos verbalmente e por escrito, neste século, em múltiplas ocasiões públicas e privadas, profissionais de saúde, autoridades técnicas e políticas e políticos. 

Em Maio de 2019 estamos na mesma, com pessoas doentes a fazerem auto-medicação com fármacos subsidiados pelo orçamento do Serviço Nacional de Saúde e comprados na rua, por doentes que deles sentem necessidade para aliviar o sofrimento e assim vão mitigando, mas agravando, a sua situação.


Informação para informar.
Raquel Lito, Jornalista interessou-se sobre este assunto e com João Miguel Rodrigues, Fotógrafo, mostram na Revista SÁBADO, realidades que têm andado ocultadas.


DECLARADAMENTE,
e em minha opinião, vergonhosamente,
 APÓS
A LEI DE REDUÇÃO DE RISCOS DE 2001, 
A SAÚDE PUBLICA TEM ESTADO EM CAUSA, mas... assim tem sido.
Ao longo dos anos propus a muitos jornalistas, colegas, políticos e dirigentes, estas vistas à realidade, bem triste, disfarçada, reprimida e até mal ocultada.

Houve quem aceitasse o desafia de ver e não escondesse o impacto, como aconteceu anteriormente com Jornalistas Isabel Risques, António Ribeiro e Ana Carvalho.
Houve quem pouco pudesse dizer sobre a realidade, quem não pudesse dizer tudo
E houve quem não aceitasse a visita acompanhada.
E houve quem fosse ver e gravar e, pasme-se nada publicasse (ou pelo contrário e no mesmo dia, o poder fosse dizer que estava tudo ben).
E também houve quem me convidasse e não cumprisse com o encontro previsto.











Porquê e até quando se mantém a negação da evidência e de mais este significativo desperdício?  
Ouvimos, há alguns anos que o orçamento para a droga “são peanuts” no orçamento do Ministério da Saúde. 
Não fui capaz de esquecer tal expressão, sobre desperdício, prova de crise de qualidade na crise de quantidade.

Quanto tempo falta para as mudanças? 

Artigo em desenvolvimento....