Canábis
em Portugal
Falar diferente, sem hipocrisia e sem a mentira
Falar
de frente, da realidade e com a verdade
Assumir
a necessidade de Reduzir os Riscos face ao consumo do desconhecido é ser inteligente.
Rejeitar
esta necessidade é ser hipócrita ou demagogo.
Muitas
plantas de Canábis são geneticamente manipuladas
Alguns dos produtos derivados da canábis são muito
consumidos em Portugal, num contexto dito recreativo ocasional ou regular, ou habitual
e dependente. Os derivados mais consumidos são a Resina (Haxixe) e a Erva
(Marijuana).
A grande maioria dos consumidores desconhece a verdade
da composição do que tem estado disponível em Portugal, pelo que consumindo aumentam
os riscos decorrentes do que é consumido.
Quem consome arrisca a sentir efeitos indesejáveis e adoecer
mas, na verdade, a grande maioria dos consumidores não manifesta sintomas que requeiram
cuidados para tratamento médico.
Quem sabe, com verdade, o que terá sido consumido pelos
consumidores recreativos ou regulares que adoeceram? Canábis ou algo mais? Nem
os profissionais de saúde que tratam os doentes recebem essa informação.
No futuro, com a investigação e com mudanças de
atitudes iremos saber mais.
Defendemos que para quem arisca, convém reduzir riscos
e saber o que consome. Para quem adoeceu convém ter acesso ao tratamento e
convém que quem trata conheça de facto o máximo de factores que desencadearam a
doença.
O
futuro irá ajudar a saber mais.
A Educação
para a Saúde aumenta a responsabilidade e pode contribuir para a Redução de
Riscos.
Educação
para a Saúde é Politica de Prevenção
Regulação
do cultivo é política de Redução de Riscos
Alcaloides em Medicina
Medicamentos
com alcaloides da canabis em
Medicina
Há muitos medicamentos
que contêm alcaloides com origem em plantas.
Ex:
Atropina com
origem na beladona
Cafeína, com origem no cafezeiro
Canabidiol com origem na canábis
Escopolamina com origem em
solanáceas
Morfina e derivados, com origem na papoila
dormideira
E há
medicamentos com origem em fungos.
Ex:
Dihidroergotamina
Antibióticos.
Para
evitar danos é o médico o profissional que tem a responsabilidade e o saber para prescrever os
medicamentos adequados à situação clínica do seu doente.
Aos Médicos o que seja da sua competência e responsabilidade a bem da Saúde e Bem-estar do doente e de sua Família.
Aos Políticos o que seja da sua competência e responsabilidade para o Bem-estar da Comunidade
RESPOSTAS às perguntas da jornalista Beatriz Dias Coelho, a propósito da estratégia para a legalização do consumo da canábis pensada por dois deputados do PSD.
Com o devido acordo aqui publico a totalidade das minhas respostas
- A moção dos deputados admite o uso
recreativo da canábis. Como olha para isso?
Escrevem recreativo, mas logo abaixo escrevem consumo diário.
O uso recreativo ou festivo não será diário.
Sendo diário é regular, habitual e com mais riscos de se manifestar a
síndroma de abstinência se não houver consumo: dependência confirmada.
Reconheço que em Portugal o consumo está desde o início do século em
crescente banalização.
Falhou a Prevenção.
E como ninguém sabe de verdade o que consome também falha a Prevenção e
falha a Redução de Riscos.
Obviamente será uma estratégia de Redução de Riscos a permissão para auto
produção, legislada e sujeita a real controlo, como pode acontecer para outras
actividades.
- Propõe-se o consumo a partir dos 21
anos. Concorda ou acha que deveria ser mais cedo?
Obviamente que aos 18 faz quem quer, por ser de maior idade.
- Apenas as pessoas registadas numa
base de dados poderiam comprar. Concorda?
Não defendo a venda. Não estou numa política de comércio, mas sim em
Redução de Riscos
- E quanto ao facto de os deputados
proporem uma dose limite diária, vê essa premissa com bons olhos?
É preciso fazer saber que a tolerância obriga a aumentar o consumo para se
obterem os mesmos efeitos desejados... Quanto é que seria uma dose limite
diária?
Em síntese: derivados de qualquer planta, incluindo canabis, cafeeiro,
papoila, ou fungos, para uso como medicamento, é assunto médico, de
profissionais da área da Saúde, e que tenham competências. Não é assunto para
políticos falarem dado que não têm conhecimentos profundos.
Por exemplo podemos saber a dose de medicamento em gotas, comprimidos,
inalador, mas não há qualquer rigor em fumo, chupado mais ou menos vezes ou
mais fundo.
Os medicamentos, por segurança, vendem-se nas Farmácias.
Mas fora do tratamento e / mas claramente como uma de várias e necessárias
estratégias de redução de riscos proponho o auto cultivo, que responsabilize os
adultos que o desejem, para seu uso recreativo festivo ou regular.
Os senhores deputados deviam ouvir o que os médicos que trabalham de
verdade com consumidores e com doentes tem para dizer.
Há muita mistura de interesses, tal como nos produtos ilegais: não se sabe
e não nos dizem o que la está.
Porventura há quem esteja para defender o seu interesse, que pode estar
muito afastado do interesse de outro.
Não defendo que as farmácias vendam produtos químicos recreativos ou de
diversão.
Haja a dignidade de não venderem álcool etílico a um dependente de álcool.
Vendem medicamentos com nicotina e codeína, mas não tabaco ou ópio para
fumar ou aguardente para matar o bicho
Não vale tudo. Ainda haverá quem queira descer mais?
Defendo que se veja com verdade a realidade "abandalhada" a
que chegamos e se melhore muito o que for possível.
Considero cobardia justificar o nosso consumismo e falhanços com a
miséria dos outros.
O que temos nas realidades contradiz o sucesso que políticos apregoam.
Descrinalizaram, quando já ninguém ia preso.
Agora, a posse de substância ilegal, para uso próprio, pode depender na
verdade da realidade, da simpatia e compreensão do polícia que viu ou não
vê.
Mas se ninguém nos informa da qualidade do que por aí circula, porque será?
Qual o rigor da sustentação das afirmações?
Porque não se cumpre a lei de Redução de Riscos?
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