quinta-feira, 24 de novembro de 2011

É MESMO VERDADE: A farsa dos fertilizantes


É MESMO VERDADE : A farsa dos fertilizantes

 Regularmente são criadas, sintetizadas, novas substancias. Algumas são usadas como droga
e outras como medicamento.

 2007. Em 2007 foi identificado na Europa o comércio de mefedrona, um derivado anfetaminico, psicostimulante candidamente publicitado como fertilizante.

2010. Em 2010 o Observatório Europeu, OEDT, sediado em Lisboa, informou que fora feita a avaliação formal dos riscos desta substancia de síntese.

 Alguns países do norte da Europa proibiram a sua comercialização. Uma atitude de prudência, tal como deve acontece em nossas casas e “na nossa cabeça”: quando não conhecemos algo que vem de fora e que suscita duvidas, não aceitamos que circule nem consumimos.

Mas quem respeita menos a saúde faz de conta, quem for laxista deixa consumir, faz experiências… e depois se verá.

 2010/2011. A publicidade directa e indirecta fez aumentar o consumo de novas (e velhas) substâncias em Portugal. Até já vinha acontecendo há uns anos... E entre os mais jovens dos jovens é uma evidência. Ao aumento da oferta corresponde o aumento do consumo. Há locais onde o consumo de mefedrona se tornou numa grave preocupação para a saúde dos consumidores e para os profissionais de saúde. Em Setembro passado pude abordar este tema, a pedido de profissionais de saúde em Almada e mais recentemente o mesmo aconteceu no Funchal.

 No programa Antena 1, Causas Publicas, Dependências, das quartas-feiras, também abordei este assunto.

 Quem quer saber, sabe o que o consumo de mefedrona tem feito aos consumidores que procuram ajuda nos serviços de urgência ou que para lá são levados, em situações de grave desorganização mental, desorganização psicótica.

 Qualquer substancia medicamentosa é estudada, avaliada antes de poder ser comercializada.

 Qualquer substancia comercializada é regulamentada. Importa desmontar a farsa, o embuste e assumir as responsabilidades e informar adequadamente.

 São inúmeras as substâncias psicoactivas já conhecidas, naturais ou sintetizadas, legais ou ilegais, antigas ou modernas. Muitas mais irão aparecer. Mas droga é a atitude de as usar para fazer danos à saúde individual, familiar e social. Droga também é a ignorância.

Exija-se o cumprimento das regras, para defesa da saúde. Acabe-se com a farsa porque a saúde (física e psíquica) piora quando se faz de conta de que nada se passa.

 Esteja atento… pela sua saúde e dos seus familiares, e pela saúde de amigos e vizinhos…

 Alguém quer enganar alguém. Não se deixe enganar.

 Luís Duarte Patrício