DROGA de Óleo
O que a vida
profissional nos ensina,
a propósito da pseudo ingenuidade,
ou da falta de
pudor de uns,
ou da falta de conhecimento ou
responsabilidade de outros.
Por Luís Duarte Patrício
Médico psiquiatra
ÓLEO
PARA FECHADURAS DE MADEIRA, um novo
produto, ou como muitos dizem nova droga para venda em lojas smart, e que de fato pode ser uma
substância anfetamínica, psicoanaléptica, ou mesmo até psicodisléptica, ou
talvez psicoléptica.
Com imaginação e muita complacência indecente, e ainda
que não seja apenas mais um inocente fertilizante para plantas também este
produto virá para o mercado.
Deste modo também estará mais disponível para ser oferecido
aos múltiplos interessados pela promoção do consumismo.
Reconhecido por alguns como produto essencial para uma
intensa atividade comercial, será comercializado no mercado regulado em
estabelecimentos estrategicamente abertos das 10h da manhã às 2 da madrugada,
em áreas onde se presuma circularem jovens e menos jovens necessitados e
interessados no uso recreativo ou regular deste produto para fechaduras de
madeira.
Registe-se a preocupação ética de muitos agentes comerciais
deste tipo de produtos e que deveras preocupados com algum eventual risco
associado ao desvio na forma de uso, colocam nos seus produtos para venda, e com
a sua seriedade, avisos para serem levados a sério pelos compradores e
consumidores:
Manter fora do alcance das crianças
Não se destina a consumo humano
Não ingerir
A entrada deste tipo de ÓLEO PARA FECHADURAS DE MADEIRA,
fabricado algures no oriente, e embalado no ocidente, apenas está dependente da
sua importação, da constituição da firma que o vai comercializar e distribuir e
do alvará que o amigo do agente comercial irá obter junto de competentes autoridades
(internacionais, nacionais, regionais e locais), nomeadamente através de um
amigo especialista em algumas áreas do Comércio, do Consumo e do Direito.
Para que tudo esteja legal face à
justiça ao comércio e à economia, apenas se aguarda a resposta social de uma
minoria de uma dita vanguarda e o resultado da visibilidade promovida por um grupo
de pressão. Neste e noutros casos não importa se este ÓLEO PARA FECHADURAS DE MADEIRA
é legal para a saúde individual, física e psíquica e se é legal para à saúde familiar e social.
Contudo consta que:
·
Há quem sendo conservador não
aceite a entrada do ÓLEO PARA FECHADURAS
DE MADEIRA na sua terra ou na sua casa;
·
Há quem sendo desconfiado aguarde a
reação de outros para tomar uma decisão quanto à entrada do ÓLEO PARA FECHADURAS DE MADEIRA na sua terra
ou na sua casa;
·
Há quem sendo vanguardista e ou até
“progressóide”, facilite ou estimule esta nova experiência., facilitando a
entrada do ÓLEO PARA FECHADURAS DE
MADEIRA na sua terra ou na sua casa;
·
Há ainda quem não se interesse pelo
assunto, pelo menos até que de alguma forma ele lhe toque na sua terra ou na
sua casa.
Aguardamos com interesse a reação do público
interessado nestes assuntos e claro dos consumidores e suas famílias.
PS: para não fazer propaganda implícita não se publicam imagens das
embalagens de venda do ÓLEO PARA FECHADURAS DE MADEIRA, até
porque não se trata de um medicamento.
Nas Equipas de Aditologia, há profissionais de saúde,
enfermeiros, psicólogos e médicos que se preocupam com a saúde dos seus doentes,
que se preocupam com a saúde pública. É o caso de dois psiquiatras da Madeira, Dr.
Luís Filipe Fernandes e Dr. Licínio Santos.
Voltaremos para descrever as TRÊS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO para aprofundamento do saber sobre Novas substâncias, realizadas
nos últimos dez meses, pelo Departamento de Saúde Mental do Hospital do Funchal
e em que pude participar com a Mala da Prevenção, para que se saiba.
Sou testemunha do interesse, da responsabilidade e do esforço
que estes colegas, entre outros, têm feito para que se saiba mais sobre este
assunto que deve inquietar os cidadãos do seculo XXI e que nos responsabiliza
como profissionais de saúde.
Da WEB retirei estas notícias que aqui partilho com o
leitor
Um qualquer medicamento que só este ano tivesse provocado
3 mortos … teria sido de imediato retirado …
Reflexão do Dr Luís
Filipe Fernandes – Médico Psiquiatra FUNCHAL
Facebook, Terça-feira através de telemóvel
Um qualquer medicamento que só este ano tivesse provocado
3 mortos na Madeira, teria sido de imediato retirado pelo Infarmed. Estas
drogas ditas legais (os rótulos dizem que não devem ser usadas por humanos) são
um problema de saúde publica, pelo que não percebo a incapacidade dos
governantes para legislar e das actividades económicas para fiscalizar.
Amanhã a AR vais discutir o assunto, provavelmente para concluir que é preciso criar um grupo de trabalho.
Amanhã a AR vais discutir o assunto, provavelmente para concluir que é preciso criar um grupo de trabalho.
Drogas legais à espera
PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA | Quinta-Feira, 13 de
Setembro de 2012 | Por Anete Marques
Joaquim
impresso.jornaldamadeira.pt |
O diploma
sobre as chamadas “drogas legais”, que o PSD/Madeira enviou para discussão na
Assembleia da República, foi ontem analisado na Comissão de Assuntos
Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
A votação, contudo, acabou por ser adiada, já que os deputados da referida Comissão decidiram esperar que a Comissão de Saúde se pronuncie sobre o assunto.
A informação foi avançada ao Jornal da Madeira pela deputada social-democrata madeirense com assento na Assembleia da República, Cláudia Monteiro de Aguiar.
Refira-se que o objectivo da proposta de diploma é o de conseguir evitar que o tipo de produtos em causa seja considerado legal, já que, no actual quadro legislativo, não é possível proibir a sua venda ou consumo.
A votação, contudo, acabou por ser adiada, já que os deputados da referida Comissão decidiram esperar que a Comissão de Saúde se pronuncie sobre o assunto.
A informação foi avançada ao Jornal da Madeira pela deputada social-democrata madeirense com assento na Assembleia da República, Cláudia Monteiro de Aguiar.
Refira-se que o objectivo da proposta de diploma é o de conseguir evitar que o tipo de produtos em causa seja considerado legal, já que, no actual quadro legislativo, não é possível proibir a sua venda ou consumo.