NÚMEROS ESTATÍSTICAS E PREVENÇÃO
A CREDIBILIDADE DOS NÚMEROS
ESTATÍSTICAS E ANÁLISES
ESTATÍSTICAS
EDUCAÇÃO É PREVENÇÃO
A CREDIBILIDADE DOS NÚMEROS reflete:
1. a
seriedade de quem os recolhe para os entregar;
2. a
competência de quem trabalha estatisticamente os números que recebeu;
3. a
seriedade e competência de quem difunde as estatísticas recebidas.
Um dia, conversava com um conterrâneo
amigo, JPires, (bastante discreto e socialmente activo desde tempos
idos do reviralho), sobre os números publicados pelo INE, instituição
onde ele trabalhava
Eu disse-lhe que não acreditava em absoluto nos bons
números da droga, publicados (dados de há cerca de sete anos) com bastante agrado
do poder, porque estavam bastante longe da percepção de quem trabalha todos
os dias, anos a fio, na linha da frente.
E ele respondeu-me que, no seu serviço eram sérios e competentes
ao trabalhar os números, que eram recebidos. E reforçou que não
aldrabavam nada, e que os resultados estatísticos eram aqueles.
Disse-lhe: entendido. E com ele aprendi. E ele repetiu que eram os resultados estatísticos.
É natural o desejo de ficar bem no retrato e por isso há quem
diga que, os números entregam-nos o que lá se quer tirar.
Há meia dúzia de anos, em
outra ocasião e fora de Portugal, falava com colegas de outros países, também
trabalhadores em linhas da frente. E, nesse grupo de colegas,
alguns referiram abertamente, a percepção de haver uma significativa diferença entre
a realidade que viviam no trabalho no seu país e, os dados que sobre o seu país
eram publicados por um organismo europeu, o Observatório da Droga, em Lisboa.
E também quero acreditar que, tal como o INE, em Lisboa, o
Observatório também trabalha com muita competência estatística os números que
recebe.
Actualmente vivemos sob a
pressão individual e social de uma pandemia viral.
Desde Março, semanalmente, tenho participado em reuniões WEB,
reuniões que criámos com colegas de vários países europeus e de fora da Europa.
Assim partilhamos entre profissionais, questões e emoções, conhecimentos e
dúvidas, partilhamos entreajuda.
Naturalmente que se abordam questões da SAÚDE, comportamentos de
risco para saúde, saúde mental, entre outros assuntos.
E estando em confinamento
também se fala dos números, das estatísticas publicamente conhecidas. E, também
neste âmbito e sobre os números, existe com regularidade, discrepância entre o
que foi publicado e a percepçáo de quem, por razões profissionais, está nas
fronteiras ou trabalha (com muita coragem e às vezes sem equipamento de Prevenção), em núcleos
das linhas da frente.
Este desacordo reflecte-se, por exemplo, quando colegas de
França dizem que os números devem ser “multiplicados por 3 ou por 5”, do
Brasil, “multiplicados por 10 ou mais” e, da Costa Leste da América,
ouvi “nem vale a pena multiplicar”.
Numa situação de riscos para
Saúde, situação de sofrimento e de doença, e grave, a verdade da realidade
interessa sobremaneira a quem trabalha nas linhas das frentes. Quem
trabalha nas linhas das frentes não são mercenários, são lutadores e têm
família e outros valores.
Quem está a trabalhar nas linhas das frentes, trabalha para
bem de todos, arrisca a sua integridade, a sua capacidade de trabalho e até
a própria vida.
Quando existe a sensação de haver diferença de verdades, existe
um problema. É como se houvesse a sensação de existirem verdades da
conveniência distantes, mais ou menos, das verdades das realidades. E isso pode ser um
problema.
O problema, se existe
ou quando existe:
1. é um problema, porque a percepção de quem trabalha na
linha da frente às vezes é… um problema, porque sente os receios e a
sua realidade de forma diferente;
2. é um problema, porque muitas vezes são desconsiderados, são
serviçais que, de diversas profissões e sem condições, trabalham na linha da
frente, sem supervisão, sem protecção da entidade patronal, e estão calados
e mal pagos;
3. é um problema, porque muito se desgasta quem trabalha na
linha da frente, nomeadamente quando não pode fazer tudo como devia
fazer, e sofre e ouve ou leva com o que não merece, por
vezes até adoece no trabalho e gravemente e, infelizmente e não raramente, até
pode finar-se;
4. é um problema, porque aparentemente é da sua responsabilidade ser
trabalhador naquela área e por isso foi trabalhar numa linha da frente;
5. é um problema, porque foi de sua iniciativa escolher, fazer
família com outra pessoa que (problema) também trabalha na
linha da frente;
6. é um problema para quem o problema sejam os seus NÚMERO$ &
ESTATISTICAS a apresentar, bem diferente do problema de quem trabalha
na linha da frente.
Porque para quem trabalha na
linha da frente o problema é a
SAÚDE e BEM-ESTAR de TODOS os que beneficiam com a sua competência e, com sua
entrega a esse trabalho corajoso na linha da frente.
Quem fala com quem trabalha na linha da frente, quem
ouve quem trabalha na linha da frente, sabe que, quem
trabalha na linha da frente sente, sofre e não mente.
E ao sair do trabalho dedicado que fez na linha da
frente, sente, muitas vezes sofre, e não mente.
E ao ir para o trabalho dedicado que vai fazer na
linha da frente, sente, muitas vezes sofre, e não mente.
Aqui homenageamos quem, na Área da Saúde e Bem-estar Social e nas outras múltiplas Profissões para nosso suporte, está a trabalhar nas suas linhas das frentes, com toda a sua coragem e com toda a sua honestidade.
Aqui homenageamos também, quem com EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO CÍVICA respeita o confinamento.
Aqui homenageamos também, quem com EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO CÍVICA respeita o confinamento.
PREVENÇÃO É PRECAUÇÃO. E em "números e estatísticas", é precaução, é todo o cuidado a ler, interpretar e difundir para nunca... a ninguém ferir. Com todo o cuidado para evitar que alguém se atreva a manipular.
Uma manipulação, mesmo
com “boas intenções”, mesmo que seja feita por científicos, pode provocar o
aparecimento de situações mais perigosas do que a descrença, incluindo o perigo
da criação de muitíssimo vírus malignos.
Se são postas em causa a seriedade e a competência em "números e estatísticas", não se
constrói a confiança. Pelo contrário, alarga-se a descrença.
A seriedade é fundamental. E a competência também é fundamental.
PREVENÇÃO É ANTECIPAÇÃO,
PARA O EVITAMENTO DE REAÇÕES DANOSAS OU DESASTROSAS PARA TODOS.
PREVENÇÃO É EDUCAÇÃO
A VERDADE
AJUDA A PREVENIR A DOENÇA,
seja qual for a situação de risco para a Saúde e Bem-estar.
A VERDADE AJUDA A CUIDAR DE QUEM TEM SAÚDE E DE QUEM ESTEJA
DOENTE
Esta minha reflexão, “A credibilidade dos números”, aqui actualizada
e publicada, acontece com o estímulo da sugestão de Aires Freire, companheiro
de juventude no Rugby da AAC, que comentou o post de Isabel Risques que
partilhei no Facebook
Assim comentou Aires Freire
Pelo mostrado, a análise é feita sobre
números absolutos. Seria muito mais credível se ao número de casos por milhão
de habitantes se juntasse um dia determinado que servisse para todos os países.
Por ex., o trigésimo dia após o primeiro diagnóstico confirmado, ou o vigésimo
quinto dia após a primeira morte. Confesso que não sei quais são os resultados
Obrigado Aires. Um webabraço do Luís Patrício.
A assim publiquei no post de Isabel Risques
Moderem o otimismo.
Luís Duarte
Baptista Patricio
A VERDADE AJUDA A PREVENIR A DOENÇA,
seja qual for a situação de risco para a Saúde e Bem-estar.
A VERDADE AJUDA A CUIDAR DA PESSOA DOENTE.
Moderem o optimismo. Não, não
estamos com melhores resultados que os outros países. Estamos com 62 mortes
(dados actualizados) por milhão de habitantes. Não assim tão longe dos EUA (94
mortes/milhão). O Governo e o Presidente da República, com a cumplicidade
ignorante de jornais e televisões de referência (não posso crer que seja uma
cumplicidade deliberada), estão a dar uma falsa segurança aos portugueses. Não
é com desinformação que se salvam vidas. O número de casos não se divide por
valores absolutos. Temos, pois temos, bastante menos casos absolutos que, p.e.,
os EUA. Mas também temos bastante menos habitantes: 10 milhões em vez de 330
milhões. Portugal está na short list dos países com mais casos de infecção (18,
841 casos confirmados - 16.ª posição em mais de 200 países), e no Top 12 dos
países com mais mortes no mundo inteiro por milhão de habitantes. É
compreensível que o Governo se preocupe com os efeitos da quarentena para a
economia, que queira evitar a queda estimada do PIB de 6,5 % por cada 30 dias
úteis (previsões de Mário Centeno), sei que a economia parada leva ao
desemprego e o desemprego à pobreza, mas não nos vendam ilusões para que não se
passe do isolamento para o "à vontadinha". Que o Governo, dono da
verdade que não temos, se prepare a tempo e não relaxe para o que mais me
preocupa agora: os efeitos das segunda e terceira vagas, que virão, quer
queiramos quer não, enquanto não houver vacina, enquanto não for possível a
vacinação em massa. A regra de ouro continua a mesma: testar, testar, testar.
Espero que já tenham feito encomendas para muitos ventiladores, testes,
equipamentos de protecção (ou tirem-nos do sótão, cave ou garagem onde os têm
reservados). De caminho, cumpram a promessa de garantir a protecção a 100 % dos
que arriscam a vida todos os dias para nos salvarem, os profissionais de saúde,
os verdadeiros heróis, mas mal pagos, desprotegidos, cansados e insatisfeitos.
Digam de uma vez que as máscaras são para toda a população usar, em todo o
lado. Ainda há quem não saiba que só não o disseram porque não há máscaras para
todos. Não desistam de as encomendar à China mas lembrem-se que também temos
fábricas capazes de as fazer. Melhorem os hospitais de campanha, com mais
privacidade, mais segurança, melhores camas que essas de lona, estreitinhas, a
1 m de distância umas das outras. Servem para a fotografia, mas não serão a
escolha acertada para acolher os doentes. E entre tantas e urgentes medidas,
tenho esperança de que invistam a sério no reforço da linha da saúde 24, a
linha de triagem para a Covid 19, obrigatória para reportar sintomas e
determinar internamentos, mas ainda sem capacidade de resposta, levando a que
pessoas doentes ou os seus familiares passem horas de aflição à espera de
alguém que os atenda e oriente. É bom que as pessoas saibam que não vamos sair
tão depressa desta crise. Melhores dias virão, haverá picos maiores no Inverno,
menos casos no Verão. Mas entrámos na era Covid, com distanciamento social até,
pelo menos, 2022. https://nymag.com/…/harvard-study-some-social-distancing-re… É o
início de uma era de que não sabemos quando iremos sair. Vamos ter de conter
este nosso jeito latino de ser, evitar os beijos, os abraços, os passou-bem, e
aprender a ser diferentes.
Fonte: dados compilados pela
Universidade Johns Hopkins, prestigiada universidade de saúde pública nos
Estados Unidos.
https://www.statista.com/…/coronavirus-deaths-worldwide-pe…/
https://www.statista.com/…/coronavirus-deaths-worldwide-pe…/