CANABIS
Mitos e realidades
DRogA NÃO DrOGa NIN
No YOUTUBE este vídeo foi colocado e apareceu classificado como tendo restrição de idade
Uma história de verdade da rua à
universidade.
Canabis em toda a cidade banal desde
2005
Cheguei cá em 2005 e era muito difícil encontrar
canábis (erva) naquela altura. Encontrava-se falsas, e havia também algumas
verdadeiras no Bairro Alto. Pólen, pólen era o que mais encontrava. As que eram
boas eram de boa qualidade, cheiravam muito bem, tinham um cheiro muito melhor
e um sabor muito melhor do que as que hoje estão a girar por aí pela cidade.
Na altura era 5 euros cada tira.
Continua o mesmo preço.
Há muito mais, muito mais vendedores, mas
com qualidade inferior à que se encontrava há 12 anos. Estamos em 2018, sim.
A primeira vez que vim para Portugal foi
em 2005, vivi até 2008. Tornei a voltar em 2012. Diferenças? De 2012 para aqui…
é que se encontra muito mais canábis (erva).
Eu dantes não tinha acesso à canábis e
hoje já tenho acesso à canábis. Canábis, maconha, erva.
De 2005 para cá tem muito mais erva.
Pólen também há muito mais.
A semana passada fui à praia e perguntei
a um empregado de mesa onde é que podia encontra haxixe, pólen. Ele disse que tinha:
uma tira por dez euros. E disse que também
havia ali em qualquer bar, os empregados de mesa também teriam.
No centro da cidade também. Eu
pessoalmente tenho conhecido comerciantes que a têm e que a vendem, que a
vendem para outras pessoas. Na Baixa. Pessoas que trabalham com restauração, e
que a passam para os estrangeiros, pessoas que …. É fácil, é muito fácil.
Há pessoas, civis, comuns, pessoas
normais a venderem. Às vezes perguntam. Estava numa rua da Baixa e um rapaz perguntou:
Então? Está procurando alguma coisa?
Acho que hoje em dia não há qualidade.
Não é boa. Às vezes parece que estou a fumar algo misturado com plástico.
Eu acho que quando se compra da mão dos
betinhos da classe média, é onde se encontra qualidade. Mas da mão das pessoas
da rua, aquilo não presta.
Através da Universidade, através da
Universidade. Eu por exemplo não consigo chegar a esses betinhos, não é.
Mas eu estou a cursar aqui um curso e lá
na minha faculdade tenho amigos que pegam para mim, da mão desses miúdos da
classe média. Mas, para isso eu tenho que dar uma comissão, tenho que dar um
pouco. Por exemplo se eu pego cinco gramas de weed, erva, eu tenho que dar uma
grama para essa pessoa, e aí é de boa qualidade.
Na universidade é comum as pessoas
consumirem? Sim, sim. Não dentro das salas, mas nos lugares comuns, nos
jardins, nas esplanadas. Há uma faculdade em que os alunos chegam a fumar no
bar da faculdade. Mas não é o bar interior, é no bar externo que fica no jardim.
E os alunos fumam lá ás vezes na presença dos professores. Enrolam como se
fosse cigarro mesmo e exalam o cheiro. Não, não dá para disfarçar.
Há locais de consumo. Já vi o Adamastor (Jardim),
o Torel (Jardim), à beira do rio (Tejo), o Príncipe Real (Jardim), ali em cima
a Praça do Camões. A cidade toda. É normal, é normal é normal. Eu não sei
porque demoram tanto para legalizar isso. E a qualidade ninguém garante nada.
Eu não tenho muito amigos, não conheço
muitos, mas na minha casa quase todo o mundo consome. Cinco das sete pessoas
consomem regularmente. E qualidade? Zero.
Um amigo meu que trabalha num café oferece
aso estrangeiros, aqueles que vêm para tomar uns copos, para os futebóis e não
sei quê, e a qualidade também não se sabe.
Comigo, no princípio sentia-me feliz, bem-disposto.
Passando o tempo, ao longo dos anos, fiquei mais deprimido. Ao fumar fico mais
introvertido, fecho-me.
Uma história de verdade da rua à
universidade.
Desconhecer o descontrolo agrava o risco
de adoecer.
De 2018 para cá tudo na mesma: qualidade desconhecida.
CONFINAMENTO. Aumento da procura. Redução da oferta. Subida de custos em tempo de pandemia.
Reforço da entrega em local combinado e ao domicílio.
Informação de: consumidores.