quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Das PEQUENAS BOLHAS (núcleos) às MANCHAS CRESCENTES NA DROGA de ADIÇÕES PATOLÓGICAS Portugal 2001-2025

Das PEQUENAS BOLHAS (núcleos) às MANCHAS CRESCENTES
NA DROGA de ADIÇÕES PATOLÓGICAS

Portugal 2001 - 2025

PARE OLHE VEJA PENSE ACORDE DESENTORPEÇA

Quando pequenas “bolhas” se juntam, cria-se uma outra maior e, ainda maior até que se espalha em mancha. Onde a “bolha” contamina, não prevenir é criar danos.  Por Luis Patricio

Quem veja de outro lado, vê Portugal adiantado ou atrasado?

Continuamos atrasados.

Muitos distraídos? Andamos entorpecidos?

Penso que muitos cidadãos estão entorpecidos e sem saber... e que alguns, incluindo profissionais, estarão sob incompleta, insuficiente informação.

A propósito, das publicaçoes recentes nos media, talvez seja útil ajudar a perceber que alguma media portuguesa muito poderia ter ajudado Portugal. a bem consciencializar a nossa realidade das verdades factuais. Ajudar a reconhecer as verdades factuais, pelo menos nos últimos quinze anos (em que "a droga gozou de muito boa imprensa", se escrutinasse, profissionalmente com ética, todas as verdades das conveniências ou até ficcionadas, todas as verdades das realidades, factuais, e as ocultações ou exibições de oportunidade, ou até talvez oportunistas.


Reconheça-se que a situação das adições
patológicas, "a miséria" da droga, do álcool, do jogo, dos ecrãs agora revelada em Portugal na grande média, nas cidades, nos velhos e novos bairros e nos campos, resulta de negações e insuficiências criadas já neste século XXI, em que muitos cidadãos ignorantes, distraídos ou entorpecidos, "alimentaram também pelo silêncio ou inação", uma bolha crescente de autoexcluídos em casa, de excluídos da sociedade e do tratamento e recuperação.

Quem trabalha com a realidade, pode falar ou continuar calado, mas… reconhece a sua verdade. Há que reconhecer o sofrimento da verdade da desilusão e também saber reconhecer o silencio da cumplicidade.

O "tá tud ben, ou lá fora é pior", ou o silêncio, "caluda", revela agora a indesmentível falta de sucesso, preventivo e terapêutico.

Agora, em que muitos que reconhecem o recuo ao outrora, o uso de comportamentos de risco para a Saúde Individual, Familiar, Social, outrora em pequenas bolhas, em 2001, alargou progressivamente para bolhas maiores durante cerca de 12 anos.

E desde então até agora, alargou manifestamente em manchas, por todo o Portugal.

De casa, para as festas (culturais, comerciais e, incluindo, generalizadas nas academias de cursos médios e superiores), para a rua, e para os bairros, no continente e nas ilhas. Só não viu quem não trabalha, quem ignora ou pior ou quem não quis ver.

Quando pequenas “bolhas” se juntam, cria-se uma outra maior e, ainda maior até que se espalha em mancha. Onde a “bolha” contamina, não prevenir é criar danos. Assim e agora, o panorama que temos visto, deste lado, fora do “encaixa”:

Tudo é dinâmico. E com a publicação da Lei de Redução de Riscos em 2001 e espectavel prometida aplicação, o que estava a ser bem encaminhado e parecia contribuir para continuar a melhorar, na verdade, na formação, na intervenção e na dimensão sanitária e social, saúde educação, reinserção, foi atropelado.

Assim , entorpecidos por um Portugal de droga de sucesso, na verdade em parte bastante ficcionado, mesmo até adulterado, fomos calando e tolerando esse mito, calando ou ignorando a verdade da realidade que hoje está já sendo manifestada abertamente por mais órgãos de comunicação , mass media e até por quem a ignorou ou escondeu.

Em síntese. 2001 – 2025

Abuso de bebidas com ÁLCOOL, ignorância e tragédia nacional em casa, no trabalho, na festa e na estrada.

Consumo crescente de incipiente a brutal e banal de canábis, cocaínas e sintéticas, em casa na rua, nas festas, e ninguém, desempregado ou intelectual, sabe a qualidade do que consome.

Despudorado consumo de ecrãs e de propaganda de jogo a dinheiro, da criança ao idoso.

Desordenado uso, mau uso e facilitismo no abuso de psicofármacos.

Onde reconheça que esta realidade exista que isto aconteça, pode reconhecer a manifesta evidência da derrota da Prevenção Educação.

É a falência, a dimensão derrota na Educação e na melhoria sanitária e social de quem vive nesse local de Portugal.

É a confirmação da ausência de valorização do que deve ser a benéfica e indispensável actividade Preventiva e Terapêutica no Centro de Saúde Local e na rede das instituições locais ou regionais.

E é a revelação, a constatação do sucesso da apreciada instrução no controlo do poder central no âmbito geopolítico económico, no centralismo para o vale tudo, até o argumento do mito do moderadamente, com moderação, cuja ignorância é passadeira vermelha que resulta no sucesso do consumismo.

Os poderes que reforçam o consumismo, individual, familiar e social, ou seja, o consumo abusivo que provoca danos a alguém, alimentam-se de ignorantes, de mal informados, de descuidados.

O consumismo entorpece, desequilibra, e consome a liberdade e a responsabilidade. Cria consumidores mais frágeis e dá mais poder a poderes, seja em Macau, Las Vegas, Londres, Monte Carlo, Bogotá, ou em outros locais, onde tudo se joga, paradoxalmente como solidariedade ou por misericórdia, onde se arrisca e despreza, a saúde, a educação, a dignidade, a humanidade.

Mercados e acionistas beneficiam de consumidores ignorantes?

Haja quem nos ajude a pensar, acordar, prevenir.

Prevenção é Educação, respeito pela nossa dimensão humana sanitária e social.

Obrigado por ler.

Obrigado por nos visitar também no blog Mala Da Prevenção Dr Luís Patrício




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