segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

ASSÉDIO MORAL TRABALHO e SUBSTÂNCIAS

ASSÉDIO MORAL NO LOCAL de TRABALHO

e ABUSO de SUBSTÂNCIAS.


O TABACO em destaque

Por Luís Duarte Patrício

As condições para trabalhar, contribuem para atingir bons ou maus objectivos.  
Se o objectivo for descartar profissionais, haverá que criar condições e agentes que o façam.

É inegável a existência de comportamentos de chefias, mesmo medíocres, que promovem a destruição moral de profissionais que querem inutilizar, afastar.


Muitas vezes são chefias exercidas por pessoas narcísicas, perversas ou até medíocres que procuram assim subir na carreira, cumprindo ordens para agrado de outra chefia.

Estes comportamentos não são uma inovação, mas a crescente incidência desta forma de violência é uma realidade.

Em França a amplitude deste fenómeno social, até então negado por muitos, foi revelado no início deste século pela psiquiatra Drª Marie-France Hirigoyen. Os casos clínicos que acompanhou contribuíram para um profundo trabalho de reflexão nesta área. Em França os escândalos chocaram a sociedade, que também “consumiu” humanos, profissionais.

As reacções ansiosas e depressivas nos visados são difíceis de negar, esconder, disfarçar. A ideação suicida não é uma raridade, nem os respectivos comportamentos.

Também em Portugal, desde 2006, observei quer na prática clínica, quer como trabalhador, o crescente aumento de comportamentos deste calibre, no sector público e privado, mesmo na área da saúde.

Muitos outros portugueses terão certamente sido testemunhos ou vítimas de situações de assédio moral com procedimentos burocráticos, administrativos ou de outros, visando a “destruição” ou desvalorização de profissionais que era necessário e conveniente banir.

Esta realidade contínua crescente entre nós.

Cada trabalhador reage como pode. O consumo de substâncias psicoactivas, legais ou ilegais, é para muitos dos agredidos, uma forma de mitigar a permanência de largas horas do dia, num local de trabalho público ou privado, onde o incómodo ou a agressão é manifesta e a companhia indigesta.

Beatas na calçada
4 minutos de vídeo para ver e pensar

https://www.youtube.com/watch?v=AfK6Sc6KdWw

ou

https://www.youtube.com/user/psimedicina


O abuso do consumo de tabaco relacionado com o local de trabalho pode ser manifestação de diversas insuficiências e exigências, e pode revelar também a existência de incómodo sobre a dignidade de quem trabalha.


O abuso de tabaco relacionado com o local de trabalho pode ser uma expressão do sofrimento provocado nas pessoas atingidas na sua dignidade de trabalhador.
Seja por sobrecarga de trabalho, por más condições para trabalhar ou por sobrecarga emocional, a realidade é que, é evidente o abuso de consumo de tabaco, relacionado com profissionais no exercício das suas funções.

O uso do “poder e autoridade” para vexar o profissional, o assédio moral no local de trabalho, a humilhação do profissional pela hierarquia, “os chefes”, gera intensos sofrimentos e desgastes. Não se pode negar uma realidade quando existe, mas pode-se e deve-se mudar as chefias que têm necessidade ou prazer e competência em humilhar.

A cada uma a sua psicopatologia e se necessário o tratamento individualizado de quem precisa, para bem da saúde de quem trabalha, da saúde familiar, social, comunitária e ambiental.



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