PSICODISLÉPTICOS E "VIAGENS"
Luís Duarte Patrício
Médico Psiquiatra
Chefe de Serviço
Equipa de Adictologia e Patologia Dual
Clínica da Luz - Psiquiatria
Carnide - Lisboa
A propósito do artigo da Jornalista Raquel Lito, publicado em 21 de Fevereiro de 2019 na Revista Sábado, com o devido acordo aqui publico a totalidade do meu contributo
Aqui pode ler todas as respostas e ver algumas fotos enviadas.
Enviado também um texto sobre a retoma sobre o interesse terapêutico do LSD
Espero que as respostas sejam úteis.
RL - Quais as principais lesões que ambos apresentaram devido ao consumo dos
ácidos em “selos”?
LP - As substâncias psicodislépticas, psicadélicas ou psicoticomiméticas
provocam alterações no funcionamento do cérebro, e os ácidos, o LSD,
provoca significativas alterações nomeadamente na percepção e no estado de
consciência.
Da minha prática clínica os pedidos de ajuda na sequência de uso de ácidos
estão muito relacionados com más viagens, situações de angústia intensa,
vivências depressivas após o consumo e com perturbações psicóticas.
Os consumidores referem que o consumo de ácidos é mais comum na
forma de selos, mas também há quem use em gotas ou em pequenos comprimidos,
etc.
Também conheci quem tenha consumido por engano (ou
sendo enganado) e tenha ficado “a tripar”, alucinado (perturbado) por
ter “metido um ácido”, embora estivesse na expectativa de ficar “com
speed” (acelerado) por pensar “ter metido speed” (anfetamínico). Expectativas
goradas, o que pode provocar riscos acrescidos.
É comum a muitos consumidores, misturarem substâncias
psicoactivas legais (conhecidas) e substâncias ilegais que não sabem ao certo o
que são e que, sendo ilegais não têm garantia de qualidade.
Conheço quem
consumiu ácidos, ocasionalmente ou até com regularidade em policonsumo.
E conheço quem adoeceu com o consumo ocasional ou até regular, mas não conheço
dependentes de ácidos.
RL - Quando é que o Dr. começou a receber os primeiros casos de consumidores
de “selos”?
LP - Nos anos 80 o consumo de ácidos era pouco
frequente. Na década de 90 foi-se tornando um pouco mais frequente e neste
século tem gradualmente aumentado. Ouvindo o que nos dizem os consumidores e os
que adoecem, na última década tem sido cada vez mais comum encontrar substâncias
sintéticas, incluindo naturalmente ácidos, seja em muitas festas
urbanas ou em meio rural, e em festivais. E até mesmo na noite e nos after,
é muito mais comum do que muita gente pensa. Claro que álcool, canábis,
cocaína, md, são muito mais comuns, mas não faltam ácidos.
Oiça em 2´57´´ https://www.facebook.com/watch/?v=1600101200287299
Video Portugal Droga de Verdade Salões
de consumos Testemunho...
PORTUGAL E AS DROGAS – 1- Salões de
consumos
Quem fala mais verdades sobre drogas? Doentes ou dirigentes?
Nem sempre e nem todos os doentes mentem.
A partilha deste texto/vídeo (2´57``) pode contribuir para mudanças necessárias, pela seriedade que se exige em oposição a alguma publicidade ou corrente “maquilhada” ou enganosa, e para o bem da nossa Saúde.
Reconheço que, desde há largos anos, o que é divulgado, o que se lê e ouve na Media complacente ou alinhada, não corresponde ao que temos visto e ao que nos diz quem sofre, os doentes e seus familiares. E até ao que ouvimos de profissionais de saúde e do ensino, que trabalham no terreno.
Nas realidades que conheço, nas áreas da Prevenção / Educação, Tratamento, Redução de Riscos e Recuperação, e da Formação/actualização, manifestamente tem havido retrocesso desde há mais de 10 anos. Há enormes disparidades entre o que se diz que se faz e o que acontece.
Por exemplo, quem frequenta certos festivais ou certos locais da “noite” e / ou "after”, reconhece verdades neste vídeo.
Quem fala mais verdades sobre drogas? Doentes ou dirigentes?
Nem sempre e nem todos os doentes mentem.
A partilha deste texto/vídeo (2´57``) pode contribuir para mudanças necessárias, pela seriedade que se exige em oposição a alguma publicidade ou corrente “maquilhada” ou enganosa, e para o bem da nossa Saúde.
Reconheço que, desde há largos anos, o que é divulgado, o que se lê e ouve na Media complacente ou alinhada, não corresponde ao que temos visto e ao que nos diz quem sofre, os doentes e seus familiares. E até ao que ouvimos de profissionais de saúde e do ensino, que trabalham no terreno.
Nas realidades que conheço, nas áreas da Prevenção / Educação, Tratamento, Redução de Riscos e Recuperação, e da Formação/actualização, manifestamente tem havido retrocesso desde há mais de 10 anos. Há enormes disparidades entre o que se diz que se faz e o que acontece.
Por exemplo, quem frequenta certos festivais ou certos locais da “noite” e / ou "after”, reconhece verdades neste vídeo.
RL - Tem registado um aumento? Se sim, desde quando?
LP - Muito evidente, claramente desde o início deste século com nacionais e
estrangeiros. Há estrangeiros que vêm em grupos, fazer temporadas, e há quem,
organizado, para além do equipamento de som e estruturas, venha também com equipa
/equipamento de redução de riscos.
As festas onde se consome som, e onde aparecem e se consomem também substâncias
sintéticas disponibilizadas (e de qualidade não conhecida pelos consumidores), acontecem
pelo país, em armazéns, tendas, espaço aberto, sejam festas legalizadas ou não sejam
legalizadas.
Há concelhos onde acontecem com regularidade.
RL - Qual a prevalência de idades dos consumidores? E onde consomem? Como acedem a estas substâncias?
LP - As pessoas que conheço e que consomem, jovens em fim da adolescência,
jovens adultos e adultos, para além da noite /after e festivais
comerciais, frequentam festas não legais, por onde acontecem. Conheço
quem frequenta, quem ajuda a que aconteçam, festas com poucas centenas de
pessoas ou com largas centenas de pessoas, sem muitas condições de higiene ou
com melhores condições, com muito bom som ou nem tanto assim, debaixo de
um viaduto ou em campo aberto, por largas horas ou pelas largas horas de um fim
de semana, apenas descansando um pouco no carro para prosseguir na festa.
Quem quer, pelas redes sociais chega onde quer. Se nada falta ou há
quase de tudo, apesar de riscos para a saúde, não são comuns as equipas de
redução de riscos.
Também neste âmbito há muito para fazer.
Há também quem vá fora de Portugal para participar em grandes festas.
RL - Pode relatar o caso da mãe que lhe mostrou os selos consumidos pelo filho
(Quando aconteceu? Que idade tinha o filho? Que disse o Dr. à mãe)?
LP - Há 5 anos, uma mãe residente numa ilha, falou-me muito preocupada, por ter
recebido um envelope enviado de Lisboa por correio e dirigido ao filho. Desconfiada
e angustiada decidiu abrir e violando a correspondência viu uns bonecos, selos.
O filho tinha 22 anos e já trabalhava. Sugeri que revelasse ao filho o que
tinha feito por estar muito angustiada, deixando recado para que me contactasse.
RL - Pode enviar-me fotos de micro selos?
Em 1991, em Os Profissionais de Saúde e a Droga, escrevi sobre
Alucinogénios (pág. 59 e 60 e 95 e 96).
E em 2014, em Políticas e Dependências também escrevi as páginas que aqui
lhe envio. E também envio as fotos de 50 selos para o sofrimento de uma
mãe.
- Posso usar esta imagem (em anexo) que o Dr. publicou no Facebook?
O original não é meu. É uma montagem que fiz a partir do post no Caarud
Republique de James Beaurepaire
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=322622501455290&set=pb.100011226270148.-2207520000.1552850844.&type=3&theater
Un peu de réduction des risques liées à la conso
de
#lsd #buvard #trip
Attention au risque de bad trip très important avec ce produit, toujours bien se renseigner avant de consommer, attendre les effets (jusqu'à 5 ans) et toujours fractionner les doses en commençant par un quart ou un demi #trump #rdr #badtrip
#lsd #buvard #trip
Attention au risque de bad trip très important avec ce produit, toujours bien se renseigner avant de consommer, attendre les effets (jusqu'à 5 ans) et toujours fractionner les doses en commençant par un quart ou un demi #trump #rdr #badtrip
Caarud Republique e eu errei ao publicar Caarud Beaurepaire.
Será mais prudente não usar para não potenciar o erro, embora possa usar o texto que escrevi/adaptei
Lvro de 1995, onde escrevi nomes de ácidos, panteras, dragões, etc.
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18/03/2019, 03:16 (há 9 dias)
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La résurrection de la recherche médicale sur le LSD
Après s’être brutalement arrêtées avec l’interdiction du LSD à la fin des années 1960, des études sur les substances psychédéliques recommencent en Suisse, en Grande-Bretagne, mais pas (encore) en France.
Article réservé aux abonnés
Dans les années 1950, le psychiatre britannique Humphry Osmond (1917-2004) et l’écrivain Aldous Huxley (1894-1963) étaient à la recherche du mot juste pour décrire les substances – le LSD, la mescaline, la psilocybine – qui altèrent la réalité et dont ils étaient à la fois consommateurs et théoriciens. Un mélange des mots grecs psyche et delos sera inventé par Osmond : « psychédélique », ce qui rend l’âme visible.
Le psychiatre fut un des pionniers de l’utilisation thérapeutique du LSD. Il créa en 1953, au Canada, un programme pour aider les alcooliques. En leur administrant une unique et forte dose de LSD, il espérait que la psychose artificielle passagère qui en résulterait, proche du delirium tremens dont souffrent les alcooliques, les pousserait à arrêter. Jusqu’à la fin des années 1960, il traitera près de deux mille patients. Un an après leur thérapie, 40 % à 45 % d’entre eux n’avaient plus rebu, un taux colossal.
Ce fut loin d’être le seul chercheur à mener des essais cliniques avec du LSD à cette époque. Le LSD était alors un médicament légal. Il suffisait de passer commande au laboratoire suisse Sandoz, qui l’avait breveté, pour recevoir gratuitement des cachets de Delysid, leur médicament à base de LSD. Entre 1950 et 1965, près de quarante mille personnes souffrant d’alcoolisme, de dépression profonde, de toxicomanie, de schizophrénie ou d’autisme se voient prescrire une forme ou une autre de LSD.
Près de mille études sont publiées et, même si certaines sont entachées d’une maigre rigueur scientifique, les résultats, comme ceux du Dr Osmond, sont souvent encourageants. Le psychiatre suisse Franz Vollenweider parlera « d’effets thérapeutiques prometteurs » sur tous ces patients, dans une étude parue en 2010.
Du
Bertrand Lebeau Leibovici23 de novembro às 18:05 ·
Je me trouve en excellente compagnie avec Zoé Dubus et Vincent Verroust dans un article du Monde en ligne sur le retour des psychédéliques en médecine :
La résurrection de la recherche médicale sur le LSD
Après s’être brutalement arrêtées avec l’interdiction du LSD à la fin des années 1960, des études sur les substances psychédéliques recommencent en Suisse, en Grande-Bretagne, mais pas (encore) en France.
18.11.2018 à 15h00 • Mis à jour le 18.11.2018 à 15h52
Par Luc Vinogradoff
Dans les années 1950, le psychiatre britannique Humphry Osmond (1917-2004) et l’écrivain Aldous Huxley (1894-1963) étaient à la recherche du mot juste pour décrire les substances – le LSD, la mescaline, la psilocybine – qui altèrent la réalité et dont ils étaient à la fois consommateurs et théoriciens. Un mélange des mots grecs psyche et delos sera inventé par Osmond : « psychédélique », ce qui rend l’âme visible.
Le psychiatre fut un des pionniers de l’utilisation thérapeutique du LSD. Il créa en 1953, au Canada, un programme pour aider les alcooliques. En leur administrant une unique et forte dose de LSD, il espérait que la psychose artificielle passagère qui en résulterait, proche du delirium tremens dont souffrent les alcooliques, les pousserait à arrêter. Jusqu’à la fin des années 1960, il traitera près de deux mille patients. Un an après leur thérapie, 40 % à 45 % d’entre eux n’avaient plus rebu, un taux colossal.
Ce fut loin d’être le seul chercheur à mener des essais cliniques avec du LSD à cette époque. Le LSD était alors un médicament légal. Il suffisait de passer commande au laboratoire suisse Sandoz, qui l’avait breveté, pour recevoir gratuitement des cachets de Delysid, leur médicament à base de LSD. Entre 1950 et 1965, près de quarante mille personnes souffrant d’alcoolisme, de dépression profonde, de toxicomanie, de schizophrénie ou d’autisme se voient prescrire une forme ou une autre de LSD.
Près de mille études sont publiées et, même si certaines sont entachées d’une maigre rigueur scientifique, les résultats, comme ceux du Dr Osmond, sont souvent encourageants. Le psychiatre suisse Franz Vollenweider parlera « d’effets thérapeutiques prometteurs » sur tous ces patients, dans une étude parue en 2010.
Du cabinet médical à la rue
Ces « effets thérapeutiques » ne convaincront pas les responsables politiques de l’époque, après que le LSD échappera au corps médical pour inonder les rues des Etats-Unis. Même un ardent défenseur comme Osmond rappelait sans cesse que les psychédéliques étaient « des substances dangereuses qui doivent être traitées avec respect ». Mais l’époque était contestataire, et un autre psychiatre converti au psychédélisme avait plus d’écho : Timothy Leary, qui distribuait des cachets de LSD à ses étudiants d’Harvard sans aucune supervision et appelait toute une génération à rejeter la société.
Le LSD alimentera la prise de conscience de la naissante contre-culture américaine, inspirera des œuvres incroyables à des artistes, écrivains et musiciens, mais sera aussi usé et abusé, hors de tout contrôle médical. Les travaux scientifiques finiront par être conjointement discrédités par le zèle politique et les excès du Summer of Love.
En quelques années, le LSD passera du statut de médicament au potentiel intriguant à celui de stupéfiant. Interdit progressivement dans les pays occidentaux sous l’impulsion américaine, il finira classé en 1971 par l’ONU, avec la psilocybine et la mescaline, comme substance n’ayant aucune valeur thérapeutique.
Absence et renaissance
S’en sont suivis quarante ans durant lesquels les recherches médicales psychédéliques ont tout simplement disparu. Leur classification comme stupéfiants n’empêchait théoriquement pas leur utilisation dans un cadre médical, mais les autorisations administratives étaient si compliquées à obtenir et le financement d’essais cliniques si prohibitifs que presque aucun chercheur ne s’y est aventuré.
« De 1966 à 2006, en dehors de quelques équipes qui ont maintenu vivante l’idée que les psychédéliques pouvait avoir un intérêt thérapeutique parfois considérable, tout s’arrête », résume Bertrand Lebeau-Leibovici, addictologue à l’hôpital Saint-Antoine, à Paris.
Toute la recherche issue de la période 1950-1966 est oubliée, quand elle n’est pas purement discréditée. « Depuis les années 1970, on a assisté à une disqualification du LSD en tant que médicament au sein de la communauté scientifique, qui ne le considère que comme un stupéfiant, explique Zoë Dubus, doctorante en histoire, spécialiste de l’usage médical des psychotropes. La couverture médiatique sur les supposés effets négatifs du LSD hors du cadre médical contribue aussi au déclin de l’intérêt scientifique. Tout cela empêche la reprise des études. »
Le retour de ces substances dans le champ de la psychiatrie, des neurosciences et de la psychopharmacologie, ce que certains chercheurs appellent « la deuxième vague de recherche psychédélique », s’amorce au début des années 2000, porté par ces « quelques équipes » travaillant en Suisse, en Grande-Bretagne et aux Etats-Unis et financées par trois associations privées qui militent pour la légalisation des psychédéliques et hallucinogènes à usage thérapeutique : la Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (MAPS), le Heffter Research Institute et la Beckley Foundation.
Parmi les études modernes les plus importantes
LSD et fin de vie. Le psychiatre suisse Peter Gasser a mené, de 2006 à 2012, la première étude clinique avec du LSD en 40 ans. Il a donné des doses à des malades tout juste diagnostiqués d’un cancer à un stade avancé pour savoir si cela pouvait les aider à gérer leur angoisse. Les résultats, publiés en 2014, montrent que les patients ont connu une amélioration durable de leur état psychologique. « L’intérêt pour ces personnes est d’avoir un traitement qui fasse effet rapidement (…) L’expérience du LSD peut les aider à surmonter une crise existentielle », écrit le psychiatre.
LSD et cerveau hyperconnecté. En 2016, David Nutt et Robin Carhart-Harris, de l’Imperial College London, montrent pour la première fois les effets du LSD sur le cerveau humain. Des IRM montrent comment il en modifie les connexions et l’activité. Des zones qui étaient séparées - celle de la vision, de l’ouïe, du mouvement - ne le sont plus. Un début d’explication à cette sensation de dérèglement ses sens qu’on vit sous trip, mais aussi, pour les chercheurs, des possibles pistes dans la recherche psychologique sur la dépression et l’addiction.
La tradition psychédélique de la recherche française
Rien de tout cela en France, où les recherches psychédéliques sont au point mort depuis l’interdiction du LSD en 1966. « Le coût des essais cliniques, l’absence de fondations privées anglo-saxonnes et la difficulté à obtenir des autorisations légales rendent la recherche extrêmement difficile en France, alors même qu’il y a un assez large consensus pour penser que le potentiel thérapeutique est considérable », regrette Bertrand Lebeau-Leibovici.
Un essai clinique nécessiterait l’aval de l’Agence nationale de sécurité du médicament (ANSM), de comités d’éthiques et de comités de protection des personnes. Pour Thomas Gicquel, du laboratoire de toxicologie de l’université de Rennes et auteur d’une thèse sur l’utilisation médicale du LSD, la frilosité de ces organismes s’explique simplement :
« Il s’agit quand même de donner une substance classée comme stupéfiant à des patients alors qu’on n’en mesure pas toujours les effets, à court et long terme. »
Les défenseurs des thérapies psychédéliques ne comprennent, eux, pas cette frilosité, d’autant que, rappellent-ils, la recherche française fut pionnière en la matière dans les années 1960. Les premiers essais cliniques pour traiter les névroses avec de la psilocybine ont été menés à l’hôpital Sainte-Anne par les psychiatres Jean Delay et René Robert. « Il y a eu une vraie présence française dans la recherche sur le psychédélisme jusqu’à l’interdiction du LSD. Depuis, les Français sont absents des travaux. Ce qui a prévalu, c’est la bêtise », critique le Dr Lebeau-Leibovici.
En l’absence d’ouvertures administratives, les chercheurs qui défendent le potentiel thérapeutique des substances psychédéliques s’organisent autrement. Vincent Verroust, un chercheur en histoire des sciences, a créé en 2017 la Société psychédélique française, une association qui met en relation les chercheurs qui s’intéressent au sujet, avec une approche mêlant éducation et lobbying :
« Notre rôle est de faire connaître ces substances, leurs applications thérapeutiques, les publications étrangères en la matière, mais aussi augmenter les probabilités pour que les recherches cliniques se produisent en France. »
Comme tous les chercheurs s’intéressant à la question que nous avons interrogés, il « est très confiant sur le fait que ça va finir par arriver en France. Même s’il y a des résistances législatives, culturelles et générationnelles, on attend que les premières fissures apparaissent ».
« Il y a un renouveau des études psychédéliques. Il serait extrêmement triste que la France n’y participe pas, abonde le Dr Lebeau-Leibovici. Je pense que les conditions sont réunies pour réveiller la recherche française. » Il compte prochainement déposer une demande de projet de recherche sur le LSD, la psilocybine, la DMT et la mescaline auprès de l’ANSM. Une tentative qui sera sûrement rejetée, mais dont le but est surtout de pousser l’organisme « à nous expliquer les raisons pour lesquelles elle refuse de nous donner une autorisation. Et à le faire publiquement".
Je me trouve en excellente compagnie avec Zoé Dubus et Vincent Verroust dans un article du Monde en ligne sur le retour des psychédéliques en médecine :
La résurrection de la recherche médicale sur le LSD
Après s’être brutalement arrêtées avec l’interdiction du LSD à la fin des années 1960, des études sur les substances psychédéliques recommencent en Suisse, en Grande-Bretagne, mais pas (encore) en France.
18.11.2018 à 15h00 • Mis à jour le 18.11.2018 à 15h52
Par Luc Vinogradoff
18.11.2018 à 15h00 • Mis à jour le 18.11.2018 à 15h52
Par Luc Vinogradoff
Dans les années 1950, le psychiatre britannique Humphry Osmond (1917-2004) et l’écrivain Aldous Huxley (1894-1963) étaient à la recherche du mot juste pour décrire les substances – le LSD, la mescaline, la psilocybine – qui altèrent la réalité et dont ils étaient à la fois consommateurs et théoriciens. Un mélange des mots grecs psyche et delos sera inventé par Osmond : « psychédélique », ce qui rend l’âme visible.
Le psychiatre fut un des pionniers de l’utilisation thérapeutique du LSD. Il créa en 1953, au Canada, un programme pour aider les alcooliques. En leur administrant une unique et forte dose de LSD, il espérait que la psychose artificielle passagère qui en résulterait, proche du delirium tremens dont souffrent les alcooliques, les pousserait à arrêter. Jusqu’à la fin des années 1960, il traitera près de deux mille patients. Un an après leur thérapie, 40 % à 45 % d’entre eux n’avaient plus rebu, un taux colossal.
Ce fut loin d’être le seul chercheur à mener des essais cliniques avec du LSD à cette époque. Le LSD était alors un médicament légal. Il suffisait de passer commande au laboratoire suisse Sandoz, qui l’avait breveté, pour recevoir gratuitement des cachets de Delysid, leur médicament à base de LSD. Entre 1950 et 1965, près de quarante mille personnes souffrant d’alcoolisme, de dépression profonde, de toxicomanie, de schizophrénie ou d’autisme se voient prescrire une forme ou une autre de LSD.
Près de mille études sont publiées et, même si certaines sont entachées d’une maigre rigueur scientifique, les résultats, comme ceux du Dr Osmond, sont souvent encourageants. Le psychiatre suisse Franz Vollenweider parlera « d’effets thérapeutiques prometteurs » sur tous ces patients, dans une étude parue en 2010.
Du cabinet médical à la rue
Ces « effets thérapeutiques » ne convaincront pas les responsables politiques de l’époque, après que le LSD échappera au corps médical pour inonder les rues des Etats-Unis. Même un ardent défenseur comme Osmond rappelait sans cesse que les psychédéliques étaient « des substances dangereuses qui doivent être traitées avec respect ». Mais l’époque était contestataire, et un autre psychiatre converti au psychédélisme avait plus d’écho : Timothy Leary, qui distribuait des cachets de LSD à ses étudiants d’Harvard sans aucune supervision et appelait toute une génération à rejeter la société.
Le LSD alimentera la prise de conscience de la naissante contre-culture américaine, inspirera des œuvres incroyables à des artistes, écrivains et musiciens, mais sera aussi usé et abusé, hors de tout contrôle médical. Les travaux scientifiques finiront par être conjointement discrédités par le zèle politique et les excès du Summer of Love.
En quelques années, le LSD passera du statut de médicament au potentiel intriguant à celui de stupéfiant. Interdit progressivement dans les pays occidentaux sous l’impulsion américaine, il finira classé en 1971 par l’ONU, avec la psilocybine et la mescaline, comme substance n’ayant aucune valeur thérapeutique.
Absence et renaissance
S’en sont suivis quarante ans durant lesquels les recherches médicales psychédéliques ont tout simplement disparu. Leur classification comme stupéfiants n’empêchait théoriquement pas leur utilisation dans un cadre médical, mais les autorisations administratives étaient si compliquées à obtenir et le financement d’essais cliniques si prohibitifs que presque aucun chercheur ne s’y est aventuré.
« De 1966 à 2006, en dehors de quelques équipes qui ont maintenu vivante l’idée que les psychédéliques pouvait avoir un intérêt thérapeutique parfois considérable, tout s’arrête », résume Bertrand Lebeau-Leibovici, addictologue à l’hôpital Saint-Antoine, à Paris.
Toute la recherche issue de la période 1950-1966 est oubliée, quand elle n’est pas purement discréditée. « Depuis les années 1970, on a assisté à une disqualification du LSD en tant que médicament au sein de la communauté scientifique, qui ne le considère que comme un stupéfiant, explique Zoë Dubus, doctorante en histoire, spécialiste de l’usage médical des psychotropes. La couverture médiatique sur les supposés effets négatifs du LSD hors du cadre médical contribue aussi au déclin de l’intérêt scientifique. Tout cela empêche la reprise des études. »
Le retour de ces substances dans le champ de la psychiatrie, des neurosciences et de la psychopharmacologie, ce que certains chercheurs appellent « la deuxième vague de recherche psychédélique », s’amorce au début des années 2000, porté par ces « quelques équipes » travaillant en Suisse, en Grande-Bretagne et aux Etats-Unis et financées par trois associations privées qui militent pour la légalisation des psychédéliques et hallucinogènes à usage thérapeutique : la Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (MAPS), le Heffter Research Institute et la Beckley Foundation.
Parmi les études modernes les plus importantes
LSD et fin de vie. Le psychiatre suisse Peter Gasser a mené, de 2006 à 2012, la première étude clinique avec du LSD en 40 ans. Il a donné des doses à des malades tout juste diagnostiqués d’un cancer à un stade avancé pour savoir si cela pouvait les aider à gérer leur angoisse. Les résultats, publiés en 2014, montrent que les patients ont connu une amélioration durable de leur état psychologique. « L’intérêt pour ces personnes est d’avoir un traitement qui fasse effet rapidement (…) L’expérience du LSD peut les aider à surmonter une crise existentielle », écrit le psychiatre.
LSD et cerveau hyperconnecté. En 2016, David Nutt et Robin Carhart-Harris, de l’Imperial College London, montrent pour la première fois les effets du LSD sur le cerveau humain. Des IRM montrent comment il en modifie les connexions et l’activité. Des zones qui étaient séparées - celle de la vision, de l’ouïe, du mouvement - ne le sont plus. Un début d’explication à cette sensation de dérèglement ses sens qu’on vit sous trip, mais aussi, pour les chercheurs, des possibles pistes dans la recherche psychologique sur la dépression et l’addiction.
La tradition psychédélique de la recherche française
Rien de tout cela en France, où les recherches psychédéliques sont au point mort depuis l’interdiction du LSD en 1966. « Le coût des essais cliniques, l’absence de fondations privées anglo-saxonnes et la difficulté à obtenir des autorisations légales rendent la recherche extrêmement difficile en France, alors même qu’il y a un assez large consensus pour penser que le potentiel thérapeutique est considérable », regrette Bertrand Lebeau-Leibovici.
Un essai clinique nécessiterait l’aval de l’Agence nationale de sécurité du médicament (ANSM), de comités d’éthiques et de comités de protection des personnes. Pour Thomas Gicquel, du laboratoire de toxicologie de l’université de Rennes et auteur d’une thèse sur l’utilisation médicale du LSD, la frilosité de ces organismes s’explique simplement :
« Il s’agit quand même de donner une substance classée comme stupéfiant à des patients alors qu’on n’en mesure pas toujours les effets, à court et long terme. »
Les défenseurs des thérapies psychédéliques ne comprennent, eux, pas cette frilosité, d’autant que, rappellent-ils, la recherche française fut pionnière en la matière dans les années 1960. Les premiers essais cliniques pour traiter les névroses avec de la psilocybine ont été menés à l’hôpital Sainte-Anne par les psychiatres Jean Delay et René Robert. « Il y a eu une vraie présence française dans la recherche sur le psychédélisme jusqu’à l’interdiction du LSD. Depuis, les Français sont absents des travaux. Ce qui a prévalu, c’est la bêtise », critique le Dr Lebeau-Leibovici.
En l’absence d’ouvertures administratives, les chercheurs qui défendent le potentiel thérapeutique des substances psychédéliques s’organisent autrement. Vincent Verroust, un chercheur en histoire des sciences, a créé en 2017 la Société psychédélique française, une association qui met en relation les chercheurs qui s’intéressent au sujet, avec une approche mêlant éducation et lobbying :
« Notre rôle est de faire connaître ces substances, leurs applications thérapeutiques, les publications étrangères en la matière, mais aussi augmenter les probabilités pour que les recherches cliniques se produisent en France. »
Comme tous les chercheurs s’intéressant à la question que nous avons interrogés, il « est très confiant sur le fait que ça va finir par arriver en France. Même s’il y a des résistances législatives, culturelles et générationnelles, on attend que les premières fissures apparaissent ».
« Il y a un renouveau des études psychédéliques. Il serait extrêmement triste que la France n’y participe pas, abonde le Dr Lebeau-Leibovici. Je pense que les conditions sont réunies pour réveiller la recherche française. » Il compte prochainement déposer une demande de projet de recherche sur le LSD, la psilocybine, la DMT et la mescaline auprès de l’ANSM. Une tentative qui sera sûrement rejetée, mais dont le but est surtout de pousser l’organisme « à nous expliquer les raisons pour lesquelles elle refuse de nous donner une autorisation. Et à le faire publiquement".